1 Litro de Lágrimas
Ouvir ao som de:
Birdy - Keeping Your Head Up
Certo dia me deparei com um dorama ( para quem não sabe, doramas é a definição generalizada do gênero série de televisão oriental, seja ela J-Drama (drama japonês), K-Drama (drama coreano), TW-Drama (drama taiwanês), C-Drama (drama chinês) e até mesmo os Live-Action (filmes com pessoas reais quando um mangá ou anime faz sucesso ) que contava a história de uma adolescente de 15 anos, que começou a sentir alguns sintomas estranhos como tontura, perda de equilíbrio e perda da capacidade motora. Assim que sua mãe a leva ao hospital, a doença é logo detectada mas isso vira um segredo mantido para Aya Kito, nossa personagem principal. Claro que as coisas vão rolando e a verdade não consegue ser escondida por muito tempo e Aya tem sua vida virada de ponta cabeça, tendo que recomeçar a viver. O interesse surgiu à partir dai, porém, aceitei a ideia de tentar ler o livro e o mangá antes de tudo.Consegui ter sucesso em ler o mangá antes e é sobre ele que irei falar agora. O mangá, assim como o livro também lançado sobre a história e o dorama, é baseado em fatos reais. A doença descoberta é grave e atende pelo nome de Degeneração Espinocerebelar. À partir dai, Aya começa a escrever um diário contando tudo o que passou. A doença afeta muito do corpo, mas não o cérebro. Aya continuaria consciente de tudo mesmo que toda sua vontade de se mover ou se manter em pé não fosse totalmente atendida. A doença não tem cura mesmo nos dias de hoje, apesar de existirem tratamentos para alongar a vida do paciente, que acaba sendo levado até uma paralisia total do corpo.
Acho que toda a situação, além de ser baseada em fatos reais, já é de deixar qualquer um sensibilizado. Ainda mais porque Aya é uma jovem cheia de energia, querendo experimentar e viver toda uma vida. E o mangá foca muito nas pequenas coisas que ela começa a ser incapaz de fazer, como jogar basquete. Aya usou a ideia do diário para tentar se manter mais focada e tentar achar uma maneira de ajudar no próprio tratamento. Ela escreveu até não conseguir mais, onde acabou falecendo em maio de 1988, com 25 anos.
“Eu não direi mais que quero voltar àquele dia, vou viver aceitando o eu de agora.”
A história pode parecer rápida por ser apenas um único volume, mas todas as situações são bem contadas e podemos sentir e entender bem o que Aya passou em todo aquele período. Momentos de tristeza, desespero, raiva, medo, até ela aceitar sua condição, querer lutar por algo e ser grata à todos que se mantiveram perto dela. Aya exprime uma vontade voraz de viver. Seu desejo pela vida vai além de qualquer diagnóstico médico e, por ela, jamais desistiria.
"Não posso amolecer.
Serei rigorosa comigo mesma.
É meu próprio corpo, por isso, não posso desistir."
Alguns anos antes de morrer, esse diário foi lançado no Japão com o nome de 1 Litre no Namida, vendendo mais de 1,8 milhões de cópias. Em 2004 teve um filme inspirado em sua história para em 2005 termos o dorama e mangá. O mangá foi lançado aqui no Brasil pela editora NewPop, e toda a história se resume em apenas um volume. Desenhado por Kita, as imagens são leves e simples ajudando com o estilo fluído de toda a história, dando uma ênfase aos pensamentos e sentimentos de Aya. Uma história que vale a pena ser lida. Para quem gosta de mangás e aceita se emocionar um pouco, recomendo sem dúvidas.
“O fato de eu estar viva é uma coisa tão encantadora e maravilhosa que me faz querer viver mais e mais”.
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