Holy Cow - David Duchovny




Quando você pensa que viu e leu de tudo, se prepare que nosso mundo vai te dar um tapa lindo dizendo e provando que NÃO!

Eu vou te dizer, me deparei com esse livro numa tarde de despedida de dezembro, mais exatamente dia 29/12/2015 - e que dia viu, se não fosse livro de presente teria sido o caos na minha vida, mas vamos deixar de devaneios. ( Presente que ganhei da querida Shirley, da editora Record. Te amamos, Shirley! ) Estava almoçando lindamente meu franguinho quando Holy Cow me veio as mãos, ganho na capa, canho no titulo e chamo atenção pelo autor - desculpa ai humanidade, de quem esse ser não chama atenção se ate minha mãe acha ele lindo e o gosto dela é bem apurado. Comecei a leitura na volta do trabalho para casa aquele dia mesmo! E para minha surpresa, quem é que narra o livro? UMA VACA!

Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!

Vou te explicar bem, não é qualquer vaca não, é a Elsie Bovary. E ela não narra qualquer coisa sobre a vida no pasto ou moralidades de alimentação, coisa nenhuma. Ela te conta em uma narrativa bem humorada e como a mesma define, para todas as idades. Elsie ainda conta como aprendeu os significados da vida e o posicionamento dos humanos na vida dela mesma. Explicando, desde sua vida pacata no campo, até o momento da grande revelação que lhe ocorre.

Digo que com conhecimento de causa, o livro não vai tratar de te ensinar moralidades ou te dar tapas de realidade, ele apenas vai te dizer pelo ponto de vista de uma vaca o que é estar do outro lado da porteira, e a companhia da mesma nessa aventura toda é nada mais nada menos do que um porquinho chamado Shalom e um Peru chamado Tom.

Então, agora te convido a cair nessa viagem e vir viver essa aventura inusitada de apenas 200 páginas de bom humor e muitas reviravoltas!


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Olá, Camila Morelli aqui e como terminei o livro esses dias também, queria vir apenas comentar um básico e deixar a resenha da querida Chris mais amor.

" Não consigo ser mais uma no rebanho. Quero ser ouvida. "

Elsie, Tom e Shalom se transformam naquele trio que passa e diz coisas absurdas, que só não são verdadeiras aos olhos de quem não quer crer. Entre uma aventura e decisões importantes para salvarem suas vidas, notamos como os três usam de tudo o que aprenderem sendo eles mesmo e com a convivência com humanos, e lutam pela liberdade de ir e vir.
Como foi citado antes, não é um livro que te enche de religião, princípios e o certo ou errado. Podemos sentir isso porque, apesar de tudo o que entendemos do ser humano, ainda podemos pensar e julgar o que nos faz bem ou não.

"Os sentimentos vão e vêm, a menos que você não se permita sentir. Porque aí eles ficam, e doem, e crescem até adquirir um formato de pera, uma coisa estranha. por isso é que quando nós, vacas, somos invadidas por um sentimento, nós sentimos até que o sentimento passe. E aí muuuu-damos de assunto. Bum. Por essa você não esperava, né?"

E no meio de um livro que me fez sentir bem por entrar na mente de uma vaca muito bem humorada, ainda podemos sentir a tensão da posição em que todos os animais são colocados, todos os dias, na sua vida inteira...por conta de alguns "caprichos" humanos.
Como a Elsie mesma indica, é um livro para adultos, crianças e todos que queiram dar atenção à o chamado de um ser que pensa, sente e não é tão diferente de nós mesmos. É incrível, sim!

" Somos todos animais e temos nosso lugar no ventre da Mãe Natureza. Só os humanos se separaram da grande cadeia do ser e de todos os outros animais, em prejuízo de si próprios, acho. E, infelizmente, de nós."

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