A Visita (2015)





Sinopse: Um garoto e sua irmã são mandados pela mãe para visitar seus avós que moram em uma remota fazenda. Não demora muito até que os irmãos descubram que seus avós estão envolvidos com coisas profundamente perturbadoras que colocam a vida dos netos em perigo






Um filme com todo o suspense bem característico do direto M. Night Shyamalan, com a ajuda do produtor Jason Blum (de Atividade Paranormal) e um tipo de releitura do conto de João e Maria.

Como diz a sinopse, dois irmãos acabam indo passar um tempo com sua avó (Deanna Dunagan) e seu avô (Peter McRobbie) que nunca conheceram por causa de problemas com a mãe (Kathryn Hahn) e assim, dar a ela um tempo para se divertir com o novo namorado. Apesar do contato ter sido feito pelos avós, depois de anos sem conseguir ver os netos, a mãe dos garotos finalmente parece ceder à ideia de deixar o encontro acontecer. E tudo parece ok quando os dois chegam, se divertindo e seguindo a ideia da irmã mais velha de fazer um documentário sobre a família, registrando cada momento com  duas câmeras diferentes para assim, tentar fazer a família toda se reconciliar.





Temos que citar o ponto alto na escolha do elenco. Os dois irmãos, Becca (Olivia DeJonge) e Tyler (Ed Oxenbould) são um plus na trama toda, guiando bem as cenas com um entrosamento muito bom e não deixam o estilo de filmagem se tornar um tédio absurdo ou cansativa e esquecida, como acontece em alguns filmes do gênero. E, com a presença dos dois, toda a tensão do terror acaba ficando um pouco mais amena e real, por assim dizer, devido ao humor das crianças e toda a realidade que eles colocam em cena. Apesar de que se fosse eu, quando tudo começou a ficar estranho demais, jamais teria apenas ficado ali, analisando e esperando. Nunca.






As cenas de tensão acabam demorando a vir, mas o ritmo se sustenta devido a personalidade dos atores mirins. Acho que o mais difícil nesses filmes são sempre os quinze primeiros minutos, até nos acostumarmos bem com o ritmo que do enredo.
E é assim que as coisas começam a acontecer sempre depois das 21h30, quando os avós deixam claro que eles precisam dormir e não sair do quarto. Mas, claro que saem. Não é um caso de desobediência rebelde, o que nos faz gostar dos personagens e não desejar que as coisas fiquem piores para eles. O que geralmente acontece comigo quando não gosto dos personagens principais. Se trata apenas da pura curiosidade juvenil e preocupação familiar.
E como toda cena bizarra, os jovens questionam os avós que acabam sempre dando justificativas aleatórias e explicações simples demais, claramente querendo deixar o assunto de lado.
Oooook.




O filme passa a maior parte do tempo assim. As câmeras registrando vários momentos depois das 21:30, onde ficamos nos perguntando se os avós são realmente doentes ou se algo mais está acontecendo. O que faz o suspense do diretor parecer algo entre o esquisito, sobrenatural e dramático. Para todos os que menosprezam o diretor por quaisquer motivos, vi o filme naquele descuido de não saber quem havia feito e fiquei surpresa ao notar que era ele, também. Então, vale dizer que é um filme que prende, que tem um bom toque de suspense e bizarrice, cenas que se desenvolvem lentamente atrás de todo um drama familiar até um final que, meus caros, eu não esperava!

Claro que depois que parei para pensar e analisar, o filme mesmo nos mostra as pequenas falhas de alguns lados, onde claramente algo estava errado. E ainda assim me pegou de surpresa.





Se vale a pena? Com toda certeza. Não posso dizer que é um dos melhores filmes que já vi, mas tem conteúdo com um suspense acontece em momentos certos e, na sua ausência, te deixa querendo mais. Sem contar que respostas para entender todo o mistério acaba virando quase uma questão de honra ;D

Recomendo dar uma chance, sem dúvida alguma =D

Para ver o trailer do filme, clicar AQUI




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